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Blog de J. Cura

Blog pessoal sobre filatelia e outros colecionismos

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Fábrica de Malhas Almagre - franquia mecânica

A Fábrica de Malhas Almagre, situada no Covão, Valongo do Vouga, concelho de Águeda, foi fundada em 1967 por António Bastos Xavier e Ana Maria Xavier e Olávio Sereno (falecido em agosto de 2016), tendo funcionado durante cerca de 40 anos. A fábrica chegou a ter cerca de 400 trabalhadores.

Entrou em falência no ano 2000, tendo venda de patrimónios das Malhas Almagre, sido feita pela Pote d' Água - Vendas Judiciais e Particulares, Lda

Na mesma freguesia existiram várias empresas do setor têxtil que também faliram (p. ex. Arrancar, Santelmo ou a António Pereira Vidal), bem como a  Handy, de material de escritório, que também usou uma franquia mecânica com publicidade (Franquia mecânica de Santa Marta - Lisboa nº121 Tipo XIV).

Refira-se que o termo almagre corresponde a um tipo de argila avermelhada, utilizada na indústria.

franquia_agd_almagre_19771209.JPGFranquia mecânica de teste (00,00), das Malhas Almagre, máquina XV 207 da estação CTT de Águeda de 9/12/1977

 

Maria Keil - Estudos para selos

Estudos para selos de 3 emissões: "Centenários da Fundação e Restauração da Indepêndencia" (1940) , "X Congresso Internacional de Pediatria" (1962) e "Ano Internacional da Mulher" (1975).

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Estes estudos estiveram patentes na exposição "De Propósito - Maria Keil, obra artística" que passou por Cascais, Viseu, Matosinhos, Castelo Branco e em Sines, onde estas fotos foram obtidas, numa iniciativa do Museu da Presidência da República. Esta exposição esteve presente de 11 de julho a 26 de outubro de 2014 no Centro de Artes, e no Centro Cultural Emmerico Nunes, em Sines.

Pintora, ilustradora e ceramista portuguesa, nascida em Silves. Frequentou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Casou aos 33 anos com o arquitecto Francisco Keil do Amaral, neto de Alfredo Keil. O casal teve um filho também arquitecto. Maria Keil pintou naturezas mortas e retratos ainda muito jovem e em 1937 participou no Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris. Em 1940 participou na Exposição do Mundo Português com uma pintura mural. Recebeu em 1941 o Prémio Revelação Amadeu de Sousa Cardoso pelo "Auto-retrato". No arranque do Metropolitano de Lisboa nas décadas de 1950 e 60  Maria Keil começou a desenvolver intenso trabalho como criadora de painéis de azulejos para a decoração das estações. A ela se deve a recuperação, em espaços públicos, do azulejo que muitos consideravam arte menor. A sua criatividade e simpatia granjearam-lhe ser conhecida como "A menina dos azulejos". Trabalhou para 19 estações e fez renascer a fábrica Viúva Lamego, então em crise. É também ilustradora de livros infantis. Participou em diversas exposições em Portugal e estrangeiro. Artista polivalente também deixou a sua marca em selos de correio. Faleceu em 2012. (adaptado de Leme.pt)

A artista trabalhou em ilustração, azulejo, design gráfico, pintura, desenho, mobiliário, tapeçaria, cenografia e design de figurinos.

Maria Keil foi uma das personalidades homenageadas pelos CTT - Correios de Portugal na série “Vultos da História e da Cultura” de 2014, por ocasião do centenário do seu nascimento. Já o seu marido, Francisco Keil do Amaral, tinha sido homenageado na mesma série em 2010.

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Além das referidas emissões (a primeira em conjunto com outros autores), o motivo 18 da série "5 Séculos do Azulejo em Portugal (Séc. XX)", de 1985, foi ilustrado com azulejo de sua autoria.

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Já em 2020, a emissão "Europa", dedicada ao "Correio Antigo", mostrou em selos dos blocos, telas a óleo da artista, de 1942, propriedade dos CTT - Correios de Portugal, à guarda da Fundação Portuguesa de Comunicações, com transporte ferroviário, aéreo e marítimo.

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Entre outubro de 2014 e janeiro de 2015, a AFAL - Associação Filatélica Alentejo Algarve, teve patente uma mostra filatélica intitulada: "Maria Keil na Filatelia", em Silves, sua terra natal, incluindo um carimbo comemorativo no dia da inauguração.

cc_20141031_silves_cent_pintora_maria_keil.jpg

Em Canas de Senhorim, onde o seu marido passou a infância, o clube local também homenageou a artista: 

cc.JPG

Os CTT encomendaram a Maria Keil um conjunto de bilhetes-postais de Boas Festas, uma primeira série de 3 postais, em 1945, e uma segunda série, também de três postais, em 1947.

Eis capa do folheto da referida exposição em 2014:

 

folheto_mk.JPG