O nome deriva do antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, cuja construção iniciou em 1271 naquele local, então conhecido por Almofala. Era um pequeno arrabalde mourisco extramuros quando as tropas de D. Afonso Henriques aí acamparam durante o cerco de Lisboa. A Almofala mourisca tornou-se no bairro da Graça lisboeta repetida na Rua, Largo e demais topónimos que invocam o referido Convento.
Santa Maria de Lamas beneficiou do foral da Feira e Terra de Santa Maria, concedido por D. Manuel I, em 1514, sendo que nesse documento consta com a designação “Lama”. Posteriormente, viria ainda a adotar a designação de Lamas da Feira, que manteve até 1952, data em que passou a chamar-se Santa Maria de Lamas, em homenagem à sua padroeira. Santa Maria de Lamas é uma freguesia bastante desenvolvida em termos industriais, em particular a indústria corticeira.
Hagiotopónimos de Portugal - Hospital de Santa Maria, Lisboa
Hospital de Santa Maria, Lisboa
Ainda antes do final da sua construção o Hospital Escolar de Lisboa, passou a chamar-se Hospital de Santa Maria. O projeto do edifício foi encomendado ao arquiteto alemão Hermann Distel, que o terminou em 1938. A construção do edifício decorreu entre 1944 e 1952. Foi inaugurado a 27 de abril de 1953.
As planícies, a proximidade do mar, a mata abundante e as pastagens foram atraindo ao longo do tempo a população. A ermida de Nossa Senhora da Guia veio a dar o nome à povoação de Guia, no concelho de Pombal. Em 1620, a referida ermida, dedicada a Nossa Senhora da Guia, foi construída por devoção à Santíssima Estrela dos Navegantes (Ave Maris Stella). Esta mesma ermida seria também chamada Casal dos Franceses porque no período das Invasões Francesas os militares de Napoleão terem estado albergados no templo.
Hagiotopónimos de Portugal - Santa Cruz da Graciosa
Santa Cruz da Graciosa
De nome original Santa Cruz, mas tendo em conta a existência de vários locais com o mesmo nome, adaptou em conjugação o nome da bela e Graciosa ilha. Reza a tradição local que um barco teria partido de Portugal com três cruzes idênticas em pagamento de uma promessa: uma ficou em Santa Cruz da Graciosa, outra na ilha de Tenerife e a terceira algures na costa de África.
Hagiotopónimo de origem ibérica, uma referência à cruz carregada por Jesus Cristo, na qual ele foi crucificado. A cruz cristã é também o mais conhecido símbolo religioso do cristianismo. É a representação do instrumento da crucificação de Jesus Cristo, e está relacionada ao crucifixo (cruz que inclui uma representação do corpo de Jesus) e à família mais ampla dos símbolos em forma de cruzes.
Santa Cruz, Coimbra
Santa Cruz é uma parte da cidade e antiga freguesia portuguesa do município de Coimbra. Deve o seu nome ao Mosteiro de Santa Cruz aí localizado. Fundado em 1131 pela Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, com o apoio de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I, que nele se encontram sepultados, fazendo dele Panteão Nacional por isso. A qualidade das obras artísticas no mosteiro, particularmente na época manuelina, faz deste um dos principais monumentos históricos e artísticos do país, estando classificado como Monumento Nacional desde 1910.
A origem do topónimo Prior Velho parece estar relacionada com a presença de um clérigo de idade avançada, que terá vivido no final do século XVI numa quinta localizada em Sacavém, à volta da qual cresceu um aglomerado populacional ao qual acabou “baptizar” a freguesia.
Localizada na zona sul do concelho de Loures, a povoação do Prior Velho afirmou-se, a partir da segunda metade do século XX, como uma área de influência territorial e económica com relevo. A proximidade da capital, de importantes vias rodoviárias e infra-estruturas mudaram decisivamente a paisagem deste outrora pequeno núcleo urbano, cercado por terrenos de lavoura e importantes vinhedos, onde se destaca a Quinta da Francelha, com um belo palacete.
Em 1551 já existiria uma ermida com a invocação de «Os Anjos», e provavelmente foi nesta ermida que se fundou a freguesia do mesmo nome, no tempo do Cardeal-Arcebispo D. Henrique.
Largo do Calvário, onde existiu um Convento, de religiosas franciscanas, datado de 1617. [...] o Calvário pouco mais era do que uma Póvoa aflorando timidamente de entre quintas, herdades e hortas a norte, como mar a beijar-lhe a orla por edificar. Antes do Convento se erguer no lugar onde a Quinta do Pôrto (do «porto», porque aqui atracavam barcos) edificara-se no final do século XVI um solar particular, destinado a ser «alguém» no sítio: foi esse solar que deu o Palácio ou Paço Real do Calvário, mais rigorosamente «de Alcântara», mas que recebeu a designação invocativa do orago do Convento, seu fronteiro, e assim ajudou a fundamentar o nome de um sítio (Calvário) dentro de outro (Alcântara).» (ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa», vol. IX, p. 30)
O topónimo advém da Basílica Patriarcal (largo da Cotovia), inaugurada em 1756 e destruída por incêndio em 1769. O autor do fogo posto, Alexandre Franco Vicente, responsável pela administração de todas as armações da Igreja bordadas e guarnecidas com franjas de ouro - foi julgado, em 1773, por mais dois incêndios em igrejas, para ocultar os roubos efetuados nas armações. Foi condenado a ser arrastado com baraço e pregão, preso à cauda de um cavalo, açoitado e conduzido ao sítio e largo da Cotovia onde, preso a um poste seria queimado vivo. O lugar ficou conhecido pelo nome de Largo da Patriarcal Queimada, sendo hoje conhecido como Praça do Príncipe Real.
A estação de correios dos CTT do Patriarcal, junto ao Príncipe Real, em Lisboa, fechou a 30 de maio de 2013
No início da nacionalidade, o Couto de Ulvaria que evoluiu depois para Ulveira e mais tarde para Oliveira de Frades, os frades crúzios de Coimbra (de Santa Cruz de Coimbra) quiseram impor a sua influência, sendo essa a origem do topónimo. Como curiosidade, refira-se o facto de ser um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos, com um exclave, uma freguesia inteira: Arca e Varzielas
Hagiotopónimos de Portugal - Senhora da Hora, Matosinhos
Senhora da Hora
Nossa Senhora da Hora ou Nossa Senhora da Boa Hora ou Nossa Senhora do Parto ou Nossa Senhora do Bom Parto é uma devoção mariana, invocada para interceder nos instantes das maiores aflições: para a cura das doenças do corpo e da alma, e especialmente na hora do parto, protegendo a vida das mulheres grávidas e dos bebés, e também na hora da morte.
Em 1514, Aleixo Francisco mandou construir a capela de Nossa Senhora da Hora. Estavam, assim, lançadas as sementes para a Festa da Senhora da Hora que, durante séculos, e ainda atualmente, trouxe a esta povoação romeiros de todo o país. A povoação, em 1836, foi elevada a sede do concelho de Bouças e três anos mais tarde a Vila de Bouças. Foi elevada a cidade em junho de 2009.